Débora Mateus lançou seu primeiro livro aos 14 anos e retorna ao meio literário após um hiato de 30 anos, com estreia em festival de literatura de Portugal
A escritora curitibana Débora Mateus é convidada do evento “III Encontro Mulherio das Letras Portugal 2021”, um coletivo feminino, autônomo, criado para dinamizar a interação da produção literária lusófona, cultural e artística entre as mulheres em Portugal e demais países que promovem a língua portuguesa.
Ela participa de uma mesa redonda com as escritoras Daiana Pasquim e Marianna Camargo. O festival terá extensa programação virtual durante quatro dias, de 25 a 29 de setembro, com intensa troca entre mulheres de diversas áreas espalhadas pelo mundo.
Um dos objetivos do evento é o fortalecimento da cultura e da literatura, com a troca de experiências e vivências, e com a união e divulgação das suas atividades da língua portuguesa. De acordo com a organização do evento, “Este ano, as participantes do III Encontro Mulherio das Letras Portugal, que resistem a estes tempos atípicos de pandemia, superam a dor, as perdas e as adversidades, com diversas iniciativas, projetos e movimentos, sempre lutando, ocupando, divulgando e dando voz a todas nós, Mulheres!”.
Ideia que vem de encontro com a retomada de Débora Mateus na literatura. Após um hiato de 30 anos, ela retornou à escrita, em 2020, com uma ampla produção poética. Apenas nos últimos dois meses escreveu mais de 20 poesias - todas inéditas - e segue sua trajetória com afinco e dedicação. Teve seu primeiro livro publicado aos 14 anos, com apresentação feita por Vasco José Taborda (1909-1997) - escritor e membro da Academia Paranaense de Letras - e ingressou como membro sócio-efetivo da Academia de Letras José de Alencar.
Débora comenta a importância desse acontecimento. “Participar deste evento é mais um passo importante nesse meu retorno. Também destaca as minhas raízes, já que minha segunda nacionalidade é portuguesa. Uma oportunidade emblemática pra mim.”
Reinvenção
A escritora conta sobre esse processo de retomada da escrita, que aconteceu durante a pandemia da Covid-19 e reestruturou a maneira como a maioria das pessoas vive e pensa. “Com a clausura da pandemia (sigo isolada há mais de um ano e meio) senti uma necessidade de voltar meu olhar para dentro, buscar nas minhas origens uma maior significância para sentidos e sensações. A escrita foi a forma de fazê-los reverberar com a mesma intensidade do momento que vivia/vivo. Se mostrou como uma forma de liberar novos questionamentos, reflexões sobre o que de fato é importante e como eu poderia ter mais significância como ser senciente”, explica.
A escritora passou a olhar de uma nova forma para ela e para o mundo. Seus textos revelam delicadezas, sutilezas e uma subjetividade e conexão com o que a rodeia, mostrando outros olhares sobre o mundo. De alguma forma essa situação a impulsionou para uma prolífica produção poética, após tanto tempo de contenção.
Formação
Débora Mateus é formada em jornalismo pela PUC-PR e mestre em Ciências da Comunicação pela Universidade Sorbonne (Paris, França). Tem experiência de mais de 15 anos com o desenvolvimento de ações estratégicas de comunicação e marketing para grandes empresas do setor de moda no Brasil e na França, onde morou por sete anos. Em sua trajetória profissional também está a colaboração de verbetes sobre designers do continente americano para a publicação italiana Dizionario Della Moda, além da experiência como professora do curso de extensão em jornalismo de moda para a PUC-PR.
Essas possibilidades profissionais fortaleceram suas raízes literárias, que Débora carrega com firmeza e sensibilidade, e abre um vasto espaço na literatura e na poesia.
Para ler mais sobre a obra de Débora Mateus, acesse:
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Serviço:
“III Encontro Mulherio das Letras Portugal 2021”
Organização: Adriana Mayrinck
Modalidade virtual
Data: 24 a 27 de setembro 2021
Canais:
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Fotos: Divulgação.