Pular para o conteúdo principal

Confraria Feminina do Vinho de Curitiba - Janeiro 2019

 A primeira reunião de 2019, da Confraria Feminina do Vinho de Curitiba, aconteceu no charmoso restaurante Forneria Copacabana, no último dia 15 de janeiro. Presentes ao encontro da esq. p/ dir.: Sandra Lunedo, Mônica Meira, Márcia Toccarfondo, Analzira Carneiro, Maria do Carmo Bado, Marlene Beck, Isabel Pudles, Sueli Rita Martinez, Ana Teresa Londres, a presidente da nossa confraria Sandra Zottis e Eunice Rocha
 A responsável pela apresentação dos rótulos da noite foi Sandra Zottis, com degustação às cegas onde provamos e analisamos os vinhos sem sabermos quais seriam até serem desvendados. 
Após chutes e acertos, todos os rótulos com a elegante, sensível  e gostosa Pinot Noir, de países diferentes. Dois rótulos do Novo Mundo e um do Velho Mundo.
Quando falamos em bons Pinot Noir logo lembramos da Borgonha, berço da uva, e suas variedades de vinhos com aromas e sabores diferentes,  com a mesma uva.  A Nova Zelância, hoje é referência também na produção de excelentes rótulos de Pinot Noir. Mas teve um do Chile, Vale de Casablanca, que nos surpreendeu. Vamos a eles...
Para abrir a noite e os trabalhos, começamos com um delicioso rosé, o Estandon Zenith 2017, Côtes de Provence-França, que não leva Pinot Noir, e sim as uvas Cinsaut, Grenache e Rolle. Rosé de cor linda e clara, seco, elegante, refrescante, médio corpo, macio, no nariz notas florais. Em boca é aveludado e lembra notas de cassis.  O primeiro Pinot Noir degustado foi o Saint Clair Pioneer Block 14 Doctor´s Creek 2015, da regiao de Malborough, Nova Zelândia. Se destaca entre os melhores vinhos Pinot Noir neozelandês vendidos no Brasil. 100% Pinot Noir é um tinto amadeirado na medida certa, frutado e no nariz confirma aromas de cereja negra, morango e especiarias. Em boca, tem tanicidade leve e acidez média, sabor de framboesa, amora e cogumelo. Não é muito persistene.  O segundo foi o Ritual Pinot Noir Monster Block 2016, e me surpreendeu. Vem do Chile, do Vale de Casablanca, e 100% Pinot Noir. Estagia por 14 meses em barrica de carvalho francês, sendo 30% novas. Tinto jovem mas suculento, com aromas de cereja, groselha, com toques florais e terrosos. Em boca tem taninos suaves, acidez equilibrada, é complexo, delicioso e de longa persistência.  O último PN da noite foi o francês Bouchard Pére & Fils Nuits-Saint-Georges Premier Cru Les Porrets 2015. Um ótimo exemplar da Borgonha, mas ainda jovem, pode ser degustado daqui 10 anos, 15 ou 25 anos,  que vai melhorar muito. Aromas complexos de frutas vermelhas e pretas (morango, framboesa e amora), especiarias e levemente floral. Tem a elegância ímpar dos PN da Borgonha, equilibrado e com taninos e acidez médios, com final de boca fresco mas com pouca persistência. Vinhos ótimo e companhias, idem!
A degustação foi feita com antepastos saborosos, mas alguns, confesso que não cairam muito bem com os vinhos.  Já com os queijos foram espetaculares. 
Fotos: Márcia Toccafondo